terça-feira, 8 de janeiro de 2013

... quero ver aguentar o tranco de conquistar corpo e alma, até o final.


Mulher não desiste, se cansa. A gente tem essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. A gente paga mesmo. Paga caro, com juros e até parcelado. Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem ‘E se’ ! A gente completa o percurso e as vezes fica até andando em círculos, mas quando a gente muda de caminho, meu amigo, é fim de jogo pra você. Enquanto a gente enche o saco com ciúmes e saudade, para de reclamar e agradece a Deus! Porque no dia que a gente aceitar tranquilamente te dividir com o mundo, a gente não ficou mais compreensiva, a gente parou de se importar, já era. Quem ama, cuida! E a gente cuida até demais, mas dar sem receber é caridade, não carinho! E estamos numa relação, não numa sessão espírita. A gente entende e respeita seu jeito, desde que você supra pelo menos o mínimo das nossas necessidades, principalmente emocionais, porque carne tem em qualquer esquina. Vocês nem sempre sabem, mas além de peito e bunda, a gente tem sentimentos, quase sempre a flor da pele. Somos damas, somos dramas, acostumem-se. Mulher não é boneca inflável, só tem quem pode! Levar muitos corpos pra cama é fácil, quero ver aguentar o tranco de conquistar corpo e alma, até o final.



Tati Bernardi

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Nostalgias a parte..

Sempre fui nostalgica, sempre vivi presa ao passado. Por vezes odiei essa condição, mas esse tipo de coisa não se escolhe.
Eu sou assim, gosto das mesmas músicas. Até começo a gostar de novas, mas as velhas sempre terão seu espaço.
Gosto dos mesmos autores e sou um pouco resistente a ler novos livros pois tenho medo que eles me façam ver que os antigos não eram tao bons assim.
Tenho um carinho enorme por pessoas que já passaram pela minha vida e se pudesse não as deixaria sair nunca dela.
E tenho um carinho maior ainda pelos amores que já me fizeram feliz. Por mais que eles tenham me feito chorar horas a fio, por mais que eu tenha descoberto que eles nunca foram príncipes. Eu os trago comigo. E mesmo, contra minha vontade, ocupam um espaço significativo na prateleira das minhas memórias.
E no dia-a-dia lido bem com isso, lembro as vezes, pode bater saudade, mas eu entendo que a vida segue, e segue da melhor forma.
Mas basta olhar uma foto, um presente para que eu me pegue pensando com seria tê-los aqui ainda. Para começar a pensar como estão, o que estão fazendo agora, se são felizes e se poderíamos ter sido felizes pra sempre.
Eu e minha enorme mania de pensar e acreditar em conto de fadas.
Mas eu não sou uma princesa, eles não são príncipes e nossa história não está escrita em livro algum. Nunca vou saber o fim...

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Que...

“Que a felicidade não dependa do tempo, nem da paisagem, nem da sorte, nem do dinheiro. Que ela possa vir com toda simplicidade, de dentro para fora, de cada um para todos. Que as pessoas saibam falar, calar, e acima de tudo ouvir. Que tenham amor ou então sintam falta de não tê-lo. Que tenham ideais e medo de perdê-lo. Que amem ao próximo e respeitem sua dor. Para que tenhamos certeza de que: Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade.”

CDA

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Lindo

"Quando eu tinha doze anos meu pai adoeceu. Faleceu quando eu tinha catorze.Tudo ficou em stand-by, nesse período, lá em casa. Acumulando poeira. Muita coisa ficou em stand-by pra sempre. Não deu tempo pra ele me ensinar a fazer a barba. Enquanto meus colegas brigavam com seus pais na saudável busca de indentidade, à noite, eu colocava os chinelos do meu pai para andar no escuro da casa. Fisicamente não nos parecíamos, mas o som dos chinelos caminhando era igual. Matava um pouco da saudade."
— Humberto Gessinger. 


quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Quem sabe...

Eu gosto e gostou muito daquele olhar. E não é só do olhar... acho lindo como ele combina com aquele narizinho pequeno e que some naquele sorriso quadrado, diferente, mas não menos lindo. Acho lindo até o rosto quadrado dele, as orelhas que eu já ri tanto e ele ser tão magrinho. Ainda acho que aquele olhar puxadinho com aquele sorriso solto, de repente, ainda poderiam fazer meus dias mais felizes.
Eu quis, queria e acho que ainda quero, acordar e ter que olhar para aquele rosto... Acho que ele nunca pensou assim em mim. Acho que ele não faz idéia que nesse momento pode ter alguém ouvindo uma música e lembrando dele. E lembrando durante tanto tempo, depois de tantas coisas, depois de toda a encrenca que ele já causou na minha vida, mesmo sem saber.

As vezes, quase crio coragem pra dizer tudo, porque acho que não tenho mais nada a perder, já que não tenho nada. Nada mesmo, nada dele.

Mas penso que, pode ser mesmo que ele me ache patética, presa num amorzinho que pra ele não durou e não significou nada. E não é questão de orgulho. É respeito. Respeito pela mulher que me tornei e respeito pela decisão que ele tomou. Porque de uma forma, ou de outra, ele sempre soube que me tinha nas mãos. E escolheu não me ter na sua vida.

Hoje, tudo que tenho coragem de fazer que possa me lembrar dele, é digitar seu nome na busca rápida e ver qual sua foto do perfil da rede scial. E ainda assim, bem rápido, para que tudo aquilo que já jurei e afirmei sentir por você continue enterrado, ou pelo menos, guardado.  Pra uem sabe um dia...

terça-feira, 9 de outubro de 2012

"Vou te dizer o que eu nunca te disse antes, talvez seja isso o que está faltando: ter dito. Se eu não disse, não foi por avareza de dizer, nem por minha mudez de barata que tem mais olhos que boca. Se eu não disse é porque não sabia que sabia — mas agora sei. Vou-te dizer que eu te amo. Sei que te disse isso antes, e que também era verdade quando te disse, mas é que só agora estou realmente dizendo."

CL

...Porque você não pode voltar atrás no que vê. Você pode se recusar a ver, o tempo que quiser: até o fim de sua maldita vida, você pode recusar, sem necessidade de rever seus mitos ou movimentar-se de seu lugarzinho confortável.

Mas a partir do momento em que você vê, mesmo involuntariamente, você está perdido: as coisas não voltarão a ser mais as mesmas e você próprio já não será o mesmo

CFA

¨Aos caminhos, eu entrego o nosso encontro¨ 
CFA

"Que um possa se encontrar no outro e o outro no um..." 

"Bem aventurado todo pensamento que me leva até você" 

"...Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende? Dolorido-colorido, estou repetindo devagar para que você possa compreender..."
CFA

Ah... São coisas da vida. Ah... A gente se olha e não sabe se vai ou se fica!.

 
"Sejamos doces, e se preciso for, amargamente doces."

" Era frio. Não sei dizer se fazia mais frio do lado de fora da minha blusa ou dentro do
meu coração. Provavelmente competiam. " 


"O tempo passou, claro que passaria... ... Como passam as vontades que voltam no outro dia"  

"Eu sou feita de tão pouca coisa e meu equilíbrio é tão frágil, que eu preciso de um excesso de segurança para me sentir mais ou menos segura."
CL

"Você tinha medo: quando chegávamos lá em cima, você tinha um medo engraçado e subitamente agarrava meu braço como se eu não estivesse tão desamparado quanto você."

CFA

 

E eu gostava dela, merda, sempre acabava gostando das malditas pessoas e todas as suas loucuras.”

CFA

 

(...) e acreditávamos que um dia seríamos grandes, embora aos poucos fossem nos bastando miúdas alegrias cotidianas que não repartíamos, medrosos que um ridicularizasse a modéstia do outro, pois queríamos ser épicos heróicos românticos descabelados suicidas, porque era duro lá fora fingir que éramos pessoas como as outras(...)

CFA

 

Dizem que a gente tem o que precisa. Não o que a gente quer. Tudo bem. Eu não preciso de muito. Eu não quero muito. Eu quero mais. Mais paz. Mais saúde.Mais dinheiro. Mais poesia. Mais verdade. Mais harmonia. Mais noites bem dormidas. Mais noites em claro. Mais eu. Mais você. Mais sorrisos, beijos e aquela rima grudada na boca. Eu quero nós. Mais nós. Grudados. Enrolados. Amarrados. Jogados no tapete da sala. Nós que não atam nem desatam. Eu quero pouco e quero mais. Quero você. Quero eu. Quero domingos de manhã. Quero cama desarrumada, lençol, café e travesseiro. Quero seu beijo. Quero seu cheiro. Quero aquele olhar que não cansa, o desejo que escorre pela boca e o minuto no segundo seguinte: nada é muito quando é demais.

CFA

 

Porque a maldade do mundo inteiro entende que não se brinca com as exceções da vida. E nada de mais acontece.

TB

 

...que a importância de uma coisa não se mede com fita métrica nem com balanças nem barômetros etc.
Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós.

MB

 

"Escuta - ele disse, bem perto do meu ouvido, a boca vermelha no rosto pálido quase encostada na minha pele. Tive uma vontade quase incontrolável de beijá-lo outra vez. Era meio compulsivo, aquilo. Ou magnético, sei lá. Fluídos, odores imperceptíveis, vibrações. Que coisa era aquela que, independente da razão, atraía ou repelia as pessoas?
— A gente precisa conversar. Eu fiquei pensando naquilo que aconteceu."

CFA

 

"Fiquei. Você sabe que eu fiquei. E que ficaria até o fim, até o fundo."

CFA

 

"Olha, eu estou te escrevendo só pra dizer que se você tivesse telefonado hoje eu ia dizer tanta, mas tanta coisa. Talvez mesmo conseguisse dizer tudo aquilo que escondo desde o começo, um pouco por timidez, por vergonha, por falta de oportunidade, mas principalmente porque todos me dizem que sou demais precipitado, que coloco em palavras todo o meu processo mental (processo mental: é exatamente assim que eles dizem, e eu acho engraçado) e que isso assusta as pessoas, e que é preciso disfarçar, jogar, esconder, mentir. Eu não queria que fosse assim. Eu queria que tudo fosse muito mais limpo e muito mais claro, mas eles não me deixam, você não me deixa"

CFA   


  Porque o amor, como a morte, também existe — e da mesma forma dissimulada. Por trás, inaparente. Mas tão poderoso que, da mesma forma que a morte — pois o amor também é uma espécie de morte (a morte da solidão, a morte do ego trancado, indivisível, furiosa e egoisticamente incomunicável) — nos desarma. O acontecer do amor e da morte desmascaram nossa patética fragilidade.
CFA

"Exagerada toda a vida: minhas paixões são ardentes; minhas dores de cotovelo, de querer morrer; louca do tipo desvairada; briguenta de tô de mal pra sempre; durmo treze horas seguidas; meus amigos são semi-irmãos; meus amores são sempre eternos e meus dramas, mexicanos."

CL

"Vem, antes que eu me vá, antes que seja tarde demais. Vem, que eu não tenho ninguém e te quero junto a mim. Vem, que eu te ensinarei a voar."
CFA

Vontade de pedir silencio. porque não seria necessária mais nenhuma palavra um segundo antes ou depois de dizerem ao mesmo tempo: - quero ficar com você.
CFA

A pergunta é: qual será a cor de tudo nesse momento em que eu chegar

" O amor é um precipício, a gente se joga nele e torce para o chão nunca chegar " 

"há atitudes que só uma mulher pode tomar." [José Saramago ]

…Nem é você que eu espero, já te falei. Aquele um vai entrar um dia talvez por essa mesma porta, sem avisar. Diferente dessa gente toda vestida de preto, com cabelo arrepiadinho. Se quiser eu piro, e imagino ele de capa de gabardine, chapéu molhado, barba de dois dias, cigarro no canto da boca, bem noir. Mas isso é filme, ele não. Ele é de um jeito que ainda não sei, porque nem vi. Vai olhar direto para mim. Ele vai sentar na minha mesa, me olhar no olho, pegar na minha mão, encostar seu joelho quente na minha coxa fria e dizer: vem comigo. É por ele que eu venho aqui, boy, quase toda noite. Não por você, por outros como você. Pra ele, me guardo. Ria de mim, mas estou aqui parada, bêbada, pateta e ridícula, só porque no meio desse lixo todo procuro o verdadeiro amor. Cuidado, comigo: um dia encontro.
CFA

“Não sei, até hoje não sei se o príncipe era um deles. Eu não podia saber, ele não falava. E, depois, ele não veio mais. Eu dava um cavalo branco para ele, uma espada, dava um castelo e bruxas para ele matar, dava todas essas coisas e mais as que ele pedisse, fazia com a areia, com o sal, com as folhas dos coqueiros, com as cascas dos cocos, até com a minha carne eu construía um cavalo branco para aquele príncipe. Mas ele não queria, acho que ele não queria, e eu não tive tempo de dizer que quando a gente precisa que alguém fique a gente constrói qualquer coisa, até um castelo.”
CFA

"Então, de repente, sem pretender, respirou fundo e pensou que era bom viver. Mesmo que as partidas doessem, e que a cada dia fosse necessário adotar uma nova maneira de agir e de pensar, descobrindo-a inútil no dia seguinte - mesmo assim era bom viver. Não era fácil, nem agradável. Mas ainda assim era bom. Tinha quase certeza."
CFA

"Que te dizer? Que te amo, que te esperarei um dia na rodoviária, num aeroporto, que te acredito, que consegues mexer dentro-dentro de mim? É tão pouco. Não te preocupa. O que acontece é sempre natural - se a gente tiver que se encontrar, aqui ou na China, a gente se encontra. Penso em você principalmente como minha possibilidade de paz - a única que pintou até agora, “nesta minha vida de retinas fatigadas”. E te espero. E te curto todos os dias. E te gosto. Muito."
CFA